Respostas
às principais refutações à Reencarnação
Relacionei abaixo as
respostas aos principais questionamentos feitos com relação à Reencarnação. Aconselhamos, para
aqueles que desejam se aprofundar nos estudos, a estudarem a codificação
espírita, que pode até mesmo ser encontrada on-line, seguinte link:
Codificação completa
1. Se há reencarnação, por que
não nos recordamos de nossas vidas passadas?
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2. Seria justo pagarmos por erros que fizemos em vidas passadas, dos quais
não nos recordamos?
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3. Se um dia o espírito evolui e não precisa mais reencarnar
na Terra, por que a população da Terra continua aumentando cada vez mais? Não
deveria estar diminuindo? Ver Resposta
4. Como explicar o sofrimento dos espíritos em sua primeira encarnação, se
não havia uma vida anterior para justificá-lo?
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5. Se não é
justo sofrer sem merecer, por que Jesus sofreu, se ele não merecia?
Ver Resposta
6. Se não é
justo sofrer sem merecer, por que os animais sofrem?
Ver Resposta
7.
Se as pessoas sofrem para pagar dívidas de vidas passadas, e a caridade atenua o
sofrimento, então não é contraditório fazer a caridade, pois assim estaríamos
atrasando o progresso daquele que recebe a caridade?
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8.
Como explicar a passagem Bíblica
em João 9:1, onde Jesus quando perguntado se um cego de nascença tinha pecado,
responde :" Nem ele pecou nem seus pais; mas foi para
que nele se manifestem as obras de Deus."?
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9.
Como sustentar que, na Reencarnação, Deus jamais deixa de perdoar, se a pessoa,
em uma nova vida, terá que pagar pelos erros cometidos em vidas passadas?
Se a pessoa terá que pagar pelo que fez, Deus
não perdoou.
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1.
Se há reencarnação, por que não nos recordamos de nossas vidas passadas?
índice
A reencarnação é a grande chance que o espírito tem de reparar os erros
cometidos em outras vidas, aprender a perdoar aqueles que o prejudicaram
, desenvolver suas virtudes Morais e Intelectuais, e,
assim, continuar seu caminho evolutivo.
Se nos lembrássemos, por exemplo, de todo o mal que nos fizeram em vidas passadas, com
as lembranças viriam junto as mesmas emoções, ódios e ressentimentos do
passado, tornando praticamente impossível qualquer reconciliação. Então, nossa
vida atual não seria outra vida, mas sim a mesma vida de antes!
O
esquecimento temporário permite que um novo relacionamento seja construído e
novos sentimentos possam substituir os antigos. Mesmo assim, não é tarefa
fácil, pois intuitivamente sentimos atração por quem tínhamos afeto ou
repulsa por quem nos prejudicou.
Por outro lado, se nos lembrássemos também de todo o mal que nós mesmos
causamos aos outros, isto nos perturbaria de tal forma que faria com que
ficássemos remoendo nossos erros passados, ao invés de construirmos um futuro
melhor. Portanto, o
esquecimento TEMPORÁRIO das nossas vidas anteriores, representa, antes de
qualquer coisa, uma verdadeira BENÇÃO a espíritos que, como nós, ainda
estão tão longe da perfeição.
No entanto, o esquecimento é apenas temporário pois, ao voltar ao Plano
espiritual, o espírito, desde que já tenha evolução para isso, poderá
ter uma visão de todo o seu passado, e assim analisar e entender toda sua
trajetória evolutiva. Portanto, o esquecimento das nossas vidas anteriores, ao
invés de inviabilizar a idéia da Reencarnação, mostra que, sem tal
esquecimento, a Reencarnação não teria sentido...
2.
Seria justo pagarmos por erros que fizemos em vidas passadas, dos quais não nos
recordamos?
índice
Devemos começar a analisar esta questão tendo em mente que o esquecimento é
apenas TEMPORÁRIO. Ao voltar ao plano espiritual (dependendo também da
evolução em que se encontra o espírito) geralmente podemos nos recordar de
nossas vidas anteriores, e fazer um "balanço" dos erros e acertos cometidos em
nossa longa jornada evolutiva.
Com relação à JUSTIÇA
do esquecimento. Vamos fazer uma analogia:
Imaginemos um
criminoso que tenha cometido vários crimes e que, na véspera de seu julgamento,
teve uma a
"amnésia" temporária, que não mais permitia que se lembrasse
temporariamente dos mesmos. Então ele é levado
a julgamento.
Perguntamos:
Seria justo que o Juiz, levando em consideração sua amnésia temporária, o
absolvesse? Evidente que não. Então o criminoso é condenado, e cumpre
vários anos de pena, na prisão.
Posteriormente, ele
é solto, faz um tratamento e recupera sua memória. Então pôde se lembrar dos
erros que cometeu, e vê como foi justa sua pena. Mas se sente também aliviado,
pois pagou pelos erros cometidos.
Então, o
esquecimento temporário de sua pena foi-lhe até benéfico, pois o peso das
recordações do mal cometido o perturbaria, naquele momento difícil em que
cumpria a pena. Agora, já tendo pago pelos seus erros, as lembranças não mais o
perturbam, pois sabe que já pagou pelos seus erros. É porisso que dizemos que
o esquecimento temporário é para nós uma bênção, concedida pela infinita
misericórdia Divina.
3.
Se um dia o espírito evolui e não precisa mais reencarnar na Terra, por que a
população da Terra continua aumentando cada vez mais? Não deveria estar
diminuindo?
índice
Este questionamento parte de um pressuposto errôneo: De que Deus criou os
espíritos em um determinado tempo e depois parou de criá-los. Com certeza,
se assim fosse, à medida que cada espírito fosse atingindo a perfeição, não mais
necessitaria reencarnar e, conseqüentemente, a população no Planeta Terra
diminuiria.
Porém, segundo informações dos próprios espíritos, Deus jamais deixa de criar.
Sendo assim, a criação de espíritos é um processo constante, não somente na
Terra, mas também em outros planetas no Universo. É porisso que o número de
espíritos que atualmente estão desencarnados, no plano espiritual, esperando uma
reencarnação na Terra, é muito maior do que o número de pessoas que estão
atualmente encarnadas...
Realmente,
quando o espírito atinge certo grau de evolução, não precisa mais reencarnar
na Terra, e continuará sua jornada evolutiva em outros planos. Porém, assim como
uns partem para planos superiores, outros, vindos de planos inferiores, dão
início à sua jornada reencarnatória neste Planeta.
Assim, podemos
comparar o planeta Terra a uma grande escola, onde, ao mesmo tempo em que alguns
alunos se formam e deixam a escola, outros nela ingressam. E a escola, por sua
vez, à medida que amplia suas instalações, pode oferecer mais vagas. Portanto, o aumento do número de pessoas na Terra em nada inviabiliza o
conceito da Reencarnação. Pelo contrário, significa que mais espíritos
desencarnados terão oportunidades de reencarnar.
4.
Como explicar o sofrimento dos espíritos em sua primeira encarnação, se não
havia uma vida anterior para justificá-lo?
índice
Segundo ensinamento dos espíritos, a
maneira como os espíritos são criados ainda é um mistério, ao qual não
temos acesso em nosso atual estágio evolutivo.
Porém, uma coisa podemos dizer
com certeza: Em sua primeira
encarnação, o espírito não tem nenhum mal a "expiar",
nenhuma dívida para "quitar". Portanto, seria um absurdo imaginarmos
um espírito, em sua primeira encarnação, nascendo com deformidades ou outros
tipos de problemas de formação. Deus jamais criaria espíritos
"defeituosos", ou sofrendo por algo que não fizeram, ou seria injusto.
De acordo com o Espiritismo, todos os
Espíritos são criados "simples e ignorantes". A partir de então,
seguirão seu caminho evolutivo, guiados pelo seu LIVRE-ARBÍTRIO, e então
estarão sujeitos à Lei de AÇÃO E REAÇÃO. Desta forma, em suas próximas
vidas, colherão os frutos daquilo que ELES MESMOS plantaram na sua vida
anterior.
5.
Se não é justo sofrer sem merecer, por que Jesus sofreu, se ele não merecia?
índice
Em primeiro lugar, colocar um espírito tão elevado como Jesus no mesmo nível de
comparação que o restante dos seres humanos já é uma incoerência.
A
reencarnação de Jesus não foi uma reencarnação EXPIATÓRIA como a dos espíritos
imperfeitos, como nós e praticamente quase todos os espíritos que reencarnam
na Terra, mas sim uma reencarnação MISSIONÁRIA.
Assim se explica a Reencarnação
de grandes espíritos na humanidade, tais como Buda, Gandhi, Francisco de Assis,
e outros, independente da religião ou crença que representam, que aqui vêm na
condição de mestres do amor, e transformam suas vidas em verdadeiros exemplos
para nós. Já imaginou como seria a humanidade se eles não tivessem
reencarnado? Quantos milhões de pessoas têm sua vida mudada, inspiradas em
seus exemplos?
Jesus foi o espírito mais evoluído que já encarnou no planeta Terra. Segundo
o espiritismo, ele é o espírito responsável pelo nosso Planeta, é o nosso
grande líder espiritual. E ele veio com o propósito de nos dar o grande
exemplo da Humildade, da Fé e do Perdão, e sabia, em detalhes, por tudo que
iria passar. Portanto, a sua vinda a este mundo e, consequentemente todo o
sofrimento por qual passou, somente ocorreu devido ao seu próprio LIVRE ARBÍTRIO.
Não foi uma imposição de Deus, tampouco uma expiação. Porém, os espíritos ainda
em estágio primário de evolução, como nós, ainda estamos sujeitos ao sofrimento
em função dos erros cometidos em vidas passadas.
6. Se não é justo sofrer sem merecer,
por que os animais sofrem?
índice
Os animais
possuem um princípio inteligente, portanto possuem Espírito, porém, numa fase
evolutiva anterior à do homem. Eles também sofrem, mas não no sentido em que
normalmente se entende o sofrimento. No homem, o sofrimento funciona como um DEPURADOR de suas imperfeições, estimulando seu desenvolvimento
MORAL. O
animal não tem vida moral e por isso suas dores são apenas físicas.
Assim,
todas essas impressões positivas e negativas fazem parte das experiências que
se acumulam para edificar o futuro ser pensante. Certamente não se está
afirmando que o animal (a espécie física) de hoje será o homem de amanhã. Não.
O Espírito que o anima, sim. Viaja nos caminhos da evolução em busca do reino
dos seres que pensam.
No entanto, podemos afirmar que a percepção do
sofrimento no animal é diferente da percepção do sofrimento do ser humano. Se
não fosse assim, Deus seria igualmente injusto, ao criar aleatoriamente animais
simplesmente para sofrerem, sem nenhum motivo que justificasse tal sofrimento.
7.
Se as pessoas sofrem para pagar dívidas de vidas passadas, e a caridade atenua o sofrimento, então não é
contraditório fazer a caridade, pois assim estaríamos atrasando o progresso daquele
que recebe a caridade?
índice
A simples afirmação de que a caridade, que é um bem, possa causar um mal, já é
contraditória em si mesma. Em primeiro lugar, é preciso entender que, ao
praticar a caridade, o primeiro a ser beneficiado por tal caridade é a própria
pessoa que a pratica, pois, pela lei de “causas e efeitos”, recebemos de volta
tanto o bem quanto o mal que praticamos.
Agora, para melhor
analisarmos a questão proposta, façamos uma analogia: Imaginemos um aluno que
tenha repetido de ano na escola. Então, ele teve que, de certa forma “sofrer”,
por ter que passar por todo o processo de aprendizado novamente. Teve que
estudar novamente todas as matérias já vistas no ano anterior, e então, em novos
exames, ele consegue passar.
Então perguntamos:
1. O fato de alguém ter feito uma “caridade”, digamos,
auxiliando-o com aulas de reforço, tiraria-lhe o mérito de ter sido aprovado no
exame?
2. Será que o examinador não o aprovaria porque alguém
o ajudou a estudar, mesmo ele tendo feito a prova sozinho e ter passado por seus
próprios méritos?
Evidentemente que a resposta para as
duas perguntas acima é não! O auxílio recebido pelo repetente foi proveitoso,
porém, a pessoa que o ajudou não aprendeu por ele, nem fez a prova por ele. Ele
mesmo teve que aprender e ele mesmo passou pela prova novamente. Porque o
objetivo de repetir de ano não é puramente “punir” o aluno, mas sim fazer com
que ele realmente aprenda.
Então, a afirmação
de que a caridade a uma pessoa que sofre “atrasaria” seu progresso demonstra-se
de uma fragilidade gritante, pois as dificuldades ou sofrimentos pelos quais uma
pessoa precisa passar em uma vida, ela passará, independente das caridades
que receba.
Por outro lado, quem pode saber até quando uma pessoa deve sofrer para
pagar seus erros de vidas anteriores? Muitas vezes, tal pessoa já pode ter
quitado seus débitos, e Deus nos coloca no caminho desta pessoa, para ajudá-la,
através da caridade. Então deixaríamos de ajudá-la para que ela sofresse mais?
Ilógico! Ora, se Deus nos colocou no caminho daquela pessoa, é porque ela
merece ser ajudada!. Do contrário, nós estaríamos fazendo uma coisa
contra a vontade de Deus? Será que teríamos este poder?
Na verdade, o que ocorre é o contrário: O exemplo da pessoa que faz a caridade
contribui para tocar o coração, muitas vezes orgulhoso, daquele que a está
recebendo, fazendo com que o mesmo desperte para a lei do Amor. Portanto,
acelerando sua evolução, não atrasando.
8.
Como explicar a passagem Bíblica
em João 9:1, onde Jesus quando perguntado se um cego de nascença tinha pecado,
responde :" Nem ele pecou nem seus pais; mas foi para
que nele se manifestem as obras de Deus."?
índice
João, Capítulo 1:
1: E, passando Jesus, viu um homem cego de nascença.
2 E os seus discípulos lhe perguntaram,
dizendo: Rabi, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego?
3 Jesus respondeu: Nem ele pecou, nem
seus pais; mas foi assim para que se manifestem nele as obras de Deus.
Quanto a esta
passagem, podemos ter duas interpretações:
A) Jesus estaria se referindo a todos os cegos de nascença, genericamente
B) Jesus estaria se referindo apenas à aquele cego, em especial
Ora, se Jesus estivesse se referindo a
todos os cegos de nascença (Hipótese A), então teríamos que afirmar que Deus
cria algumas pessoas já cegas, de nascença, somente para "manifestar as obras
Dele?" Então, Deus, para mostrar suas obras, ou seja, como ele é bom,
praticaria uma injustiça? (ILÓGICO!)
A explicação espírita
O espiritismo explica que existem dois
tipos diferentes de Reencarnação:
1. Reencarnação EXPIATÓRIA: Ao qual
a grande maioria de todos os seres humanos estão submetidos, com o objetivo de
redimir os erros cometidos em outras vidas, desenvolver virtudes e eliminar os
defeitos
2. Reencarnação MISSIONÁRIA: Situação em que um espírito, geralmente
muito mais evoluído, encarna, por sua própria vontade (livre-arbítrio) para a
realização de um propósito importante.
Sabendo disso, fica fácil concluir que aquele cego curado por Jesus era um
espírito em Reencarnação missionária!
Então, a explicação do espiritismo é muito
mais coerente, pois, segundo ela, aquele foi um caso especial. Aquele homem que
ali estava, na condição de cego, era um espírito que tinha encarnado em missão, para que "nele se
manifestassem as obras de Deus". Nem seus pais nem ele mesmo eram culpados pela
sua cegueira, mas ele estava ali com um propósito maior, ou seja, para que Jesus
pudesse curá-lo!
Se Jesus estivesse fazendo uma afirmação genérica, ou seja que todas as pessoas
que já nascem cegas, são para manifestar "as obras de Deus", então, ao vermos
tais pessoas, cegas ou paralíticas, etc, deveríamos exclamar: Como Deus é
maravilhoso! Quantas obras belas ele realiza! Aquela pessoa nada fez para
merecer tal sofrimento, mas que bela obra ele ter nascido cego! como Deus é
belo... Belo ou cruel? (Ilógico!)
9. Como sustentar
que, na Reencarnação, Deus jamais deixa de perdoar, se a pessoa, em uma nova
vida, terá que pagar pelos erros cometidos em vidas passadas? Se a pessoa terá
que pagar pelo que fez, Deus não perdoou.
índice
Antes de analisarmos esta
questão, precisamos entender que existem dois tipos de PERDÃO:
1. Perdão da ofensa:: É o perdão que ocorre
dentro do coração. É perdoar o ATO ERRÔNEO cometido pelo ofensor,
é NÃO GUARDAR ÓDIO do ofensor e lhe oferecer sempre uma CHANCE
para que possa redimir-se de seu erro. É o perdão sincero, INCONDICIONAL,
pois independe do ofensor se arrepender ou não. Isso é o que Jesus queria dizer
com "dar a outra face".
2. Perdão da dívida:: Significa realmente
EXIMIR a pessoa de ter que pagar uma determinada dívida. Perdoar a dívida
significa que a pessoa não tem mais que pagar tal dívida
Agora façamos uma rápida
analogia para melhor entender os conceitos expostos:
Por exemplo:
João empresta dinheiro a Sérgio, que some e não lhe devolve. Então João fica com
uma grande mágoa de Sérgio, durante anos. Um belo dia, cansado de carregar tal mágoa em
seu coração, decide perdoá-lo (perdão da ofensa) mesmo ele não tendo
pago o dinheiro que lhe devia. Decidiu esquecer a ofensa
Então, para surpresa de João, após anos, Sérgio aparece, pede desculpas e
se oferece para devolver o dinheiro, com correção monetária e tudo. Mas, João
lhe diz que não precisa mais lhe pagar aquela dívida. (perdão da dívida).
Agora vem o ponto mais
importante da análise: Mesmo que João aceite que o
pagamento da dívida, isso não significa que João deixou
de perdoar Sérgio. Pois o verdadeiro perdão, o perdão do erro, este
já tinha ocorrido, dentro do coração de João.
Conclusão: O perdão da ofensa independe do perdão da
dívida!
Agora uma analogia para entender o perdão de um Pai:
Imaginemos um menino que,
brincando com um amiguinho, com ciúmes de um brinquedo novo que o amiguinho
ganhou de aniversário, maldosamente, o quebra, de propósito. Então, o pai
do menino travesso fica furioso com ele. Em seguida o menino começa a chorar,
arrependido, e diz, com medo de apanhar: Pai, me perdoa? Então o pai, embora
furioso com a atitude de seu filho, o perdoa (perdão da ofensa), porém,
decide lhe aplicar uma lição, para que aquele ato errado lhe sirva de
APRENDIZADO. Nos próximos meses, sua mesada será cortada, para que, com tal
dinheiro, possa ser comprado um novo brinquedo para o amiguinho, exatamente como
aquele que ele quebrou.
Então perguntamos:
O pai deixou de perdoar o filho, somente porque o mesmo
vai ter que pagar, com o dinheiro da mesada, pelo seu erro? Claro
que não! O pai foi mal, cruel, simplesmente porque aplicou uma lição no filho?
De forma alguma. Em seu coração, o pai perdoou o ATO do filho. Porém,
para que este ato errado LHE SIRVA DE LIÇÃO, fará com que o filho pague
do próprio dinheiro da mesada.
Agora, duas atitudes que NÃO SERIAM JUSTAS:
1. Não seria justo se o pai
eximisse seu filho de pagar pelo erro, deixando de reparar o prejuízo que
ocasionou ao amiguinho. Além disso, seria um péssimo exemplo de moral do pai
para o filho.
2. Não seria justo se o pai, por outro lado, tomasse uma atitude "radical", e
decidisse mesmo não perdoar o filho e o trancasse num quarto, ardendo em uma
fogueira, por toda a eternidade...
Vejam bem: As duas opções
acima são exatamente as opções defendidas pelos que acreditam no Dogma da
"punição eterna":
> Ou Deus é um Pai que não perdoa
(não dá novas chances) e pune de forma radical e
injusta,
> Ou Deus é um Pai que perdoa mas deixa de punir e, porisso, também é injusto.
Sem a
Reencarnação, a Justiça de Deus seria desproporcional (punindo com a eternidade)
ou em alguns casos simplesmente não existiria (deixando de punir os que se
arrependeram)
Na Lógica da
Reencarnação, poderíamos até dizer que Deus não precisa perdoar, pois não se
ofende com nossos erros infantis.. Deus criou Leis sábias e justas, e nós
mesmos, ao transgredir tais leis, é que nos punimos. Mas ele sempre nos dá uma
nova chance para que possamos aprender com nossos próprios erros. Desta forma
seu perdão pode realmente ser considerado infinito.
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