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Refutação da Apologética
Católica
1. Se a alma humana se
reencarna para pagar os pecados cometidos numa vida anterior, deve-se considerar
a vida como uma punição, e não um bem em si. Ora, se a vida fosse um castigo,
ansiaríamos por deixá-la, visto que todo homem quer que seu castigo acabe logo.
Ninguém quer ficar em castigo longamente. Entretanto, ninguém deseja, em sã
consciência, deixar de viver. Logo, a vida não é um castigo. Pelo contrário, a
vida humana é o maior bem natural que possuímos.
Esta afirmação é "auto-conclusiva", por tentar induzir a uma conclusão que não é
verdadeira; e negativa, pois somente enxerga o lado
do sofrimento e da punição,
esquecendo-se que a vida não é apenas sofrimento, mas principalmente aprendizado e
evolução.
Conclusão: A Reencarnação não representa apenas "Punição", mas sim uma nova
oportunidade que Deus concede, para que os espíritos possam recuperar-se de seus
erros e atingir sua evolução! Sem a Reencarnação, aí sim, haveria punição, e sem
nenhuma chance de recuperação: 2. Se a alma se reencarna para pagar os pecados de uma vida anterior, dever-se-ia perguntar quando se iniciou esta série de reencarnações. Onde estava o homem quando pecou pela primeira vez? Tinha ele então corpo? Ou era puro espírito? Se tinha corpo, então já estava sendo castigado. Onde pecara antes? Só poderia ter pecado quando ainda era puro espírito. Como foi esse pecado? Era então o homem parte da divindade? Como poderia ter havido pecado em Deus? Se não era parte da divindade, o que era então o homem antes de ter corpo? Era anjo? Mas o anjo não é uma alma humana sem corpo. O anjo é um ser de natureza diversa da humana. Que era o espírito humano quando teria pecado essa primeira vez?
Esta afirmação denota, antes de qualquer coisa, desconhecimento da própria
Doutrina que critica Segundo o Espiritismo, todos os Espíritos são criados
SIMPLES e IGNORANTES. Cada Espírito é criado em uma época
diferente. Aliás, Deus está sempre criando, portanto, o processo de criação de
novos espíritos nunca foi interrompido. 3 Se a reencarnação fosse verdadeira, com
o passar dos séculos haveria necessariamente uma diminuição dos seres humanos,
pois que, à medida que se aperfeiçoassem, deixariam de se reencarnar. No limite,
a humanidade estaria caminhando para a extinção. Ora, tal não acontece. Pelo
contrário, a humanidade está crescendo em número. Logo, não existe a
reencarnação. Porém,
se o Sr. Orlando Fedeli, antes de apressadamente sair escrevendo críticas,
decidisse estudar um pouco a Doutrina que critica sem conhecer, descobriria que,
segundo o Espiritismo, Deus jamais deixa de criar espíritos.. Sendo
assim, a criação de espíritos é um processo constante. Assim, podemos comparar o planeta Terra a uma
grande escola, onde, ao mesmo tempo em que alguns alunos se formam e deixam a
escola, outros nela ingressam. E a escola, por sua vez, à medida que amplia suas
instalações, pode oferecer mais vagas. Portanto, o aumento do número de
pessoas na Terra em nada inviabiliza o conceito da Reencarnação. Pelo
contrário, significa que mais espíritos desencarnados terão oportunidades de
reencarnar.
4. Respondem os espíritas que Deus estaria criando continuamente novos espíritos. Mas então, esse Deus criaria sempre novos espíritos em pecado, que precisariam sempre se reencarnar. Jamais cria ele espíritos perfeitos?
Tentando "remendar" o erro cometido no argumento anterior, o Sr. Orlando Fedeli,
apresenta mais uma afirmação autoconclusiva. Segundo o
Espiritismo Deus jamais cria um Espírito "em pecado". Os Espíritos, segundo o Espiritismo, são criados
"simples e ignorantes". A sua primeira encarnação é como o primeiro ano
de uma criança na escola. Com certeza não serão criados defeituosos nem em
sofrimento nesta situação, uma vez que não têm nada ainda a expiar. Além disso,
quando atingirem a evolução espiritual,
suficiente, não precisarão mais reencarnar neste Planeta, continuando sua
evolução em Planos espirituais
5. Se a reencarnação dos espíritos é um castigo para eles, o ter corpo seria um mal para o espírito humano. Ora, ter corpo é necessário para o homem, cuja alma só pode conhecer através do uso dos sentidos. Haveria então uma contradição na natureza humana, o que é um absurdo, porque Deus tudo fez com bondade e ordem.
Mais uma afirmação sem nexo. Em primeiro lugar, a reencarnação não é meramente
um "castigo" para o espírito, mas, sim, uma nova oportunidade que ele
recebe graças à misericórdia infinita de Deus. 6. Se a reencarnação fosse verdadeira, o nascer seria um mal, pois significaria cair num estado de punição, e todo nascimento deveria causar-nos tristeza Morrer, pelo contrário, significaria uma libertação, e deveria causar-nos alegria. Ora, todo nascimento de uma criança é causa de alegria, enquanto a morte causa-nos tristeza. Logo, a reencarnação não é verdadeira.
Podemos refutar este argumento tortuoso com
uma analogia simples:
1. Se a sentença fosse uma condenação à
morte. Qual seria a reação dele?
2. Se a sentença fosse uma condenação, porém
com uma chance do mesmo pagar por seus erros, ganhando, assim uma nova oportunidade. Qual seria a reação
dele? Então, dizer que, "Se a reencarnação fosse verdadeira, o nascer seria um mal, e todo nascimento deveria causar-nos tristeza", demonstra ser totalmente ilógica, uma vez que ter uma nova oportunidade jamais poderia ser um mal, muito menos causa de tristeza!
E eu desafio o Sr. Orlando Fedeli a afirmar que ele mesmo preferiria ir para o
inferno do que ter uma nova chance...duvido!!! A frase toda retrata apenas o desejo
de dizer, a todo o custo, algo contra a Reencarnação, porém, sem
êxito, uma vez que não embasada pela lógica. 7. Vimos que se a reencarnação fosse verdadeira, todo nascimento seria causa de tristeza. Mas, se tal fosse certo, o casamento - causador de novos nascimentos e reencarnações – seria mau. Ora, isto é um absurdo. Logo, a reencarnação é falsa.
Novamente o Sr. Fedeli cria afirmações falsas para chegar à conclusão que ele
quiser. Já demonstramos que um renascimento jamais seria causa de tristeza,
portanto, tampouco seria o casamento, que, como ele mesmo afirma, seria o
causador de novos nascimentos, ou seja, de novas oportunidades para os
espíritos. 8. Caso a reencarnação fosse uma realidade, as pessoas nasceriam de determinado casal somente em função de seus pecados em vida anterior. Tivessem sido outros os seus pecados, outros teriam sido seus pais. Portanto, a relação de um filho com seus pais seria apenas uma casualidade, e não teria importância maior. No fundo, os filhos nada teria a ver com seus pais, o que é um absurdo.
9. A reencarnação causa uma destruição da caridade. Se uma pessoa nasce em certa situação de necessidade, doente, ou em situação social inferior ou nociva -- como escrava, por exemplo, ou pária – nada se deveria fazer para ajudá-la, porque propiciar-lhe qualquer auxílio seria, de fato, burlar a justiça divina que determinou que ela nascesse em tal situação como justo castigo de seus pecados numa vida anterior. É por isso que na Índia, país em que se crê normalmente na reencarnação, praticamente ninguém se preocupa em auxiliar os infelizes párias. A reencarnação destrói a caridade. Portanto, é falsa.
Mentira! O próprio lema do Espiritismo é: "Fora da caridade não há
salvação". O fato de uma pessoa se encontrar em situação de necessidade ou
situação social inferior, não significa que ela não deva ser ajudada, uma vez
que a ninguém cabe saber até onde vai o sofrimento de cada um. O Espiritismo não
diz que devamos nos colocar na posição de Deus e julgar o quanto uma pessoa deva
sofrer! 10. A reencarnação causaria uma tendência à imoralidade e não um incentivo à virtude. Com efeito, se sabemos que temos só uma vida e que, ao fim dela, seremos julgados por Deus, procuramos converter-nos antes da morte. Pelo contrário, se imaginamos que teremos milhares de vidas e reencarnações, então não nos veríamos impelidos à conversão imediata. Como um aluno que tivesse a possibilidade de fazer milhares de provas de recuperação, para ser promovido, pouco se importaria em perder uma prova - pois poderia facilmente recuperar essa perda em provas futuras - assim também, havendo milhares de reencarnações, o homem seria levado a desleixar seu aprimoramento moral, porque confiaria em recuperar-se no futuro. Diria alguém: "Esta vida atual, desta vez, quero aproveitá-la gozando à vontade. Em outra encarnação, recuperar-me-ei" . Portanto, a reencarnação impele mais à imoralidade do que à virtude.
Esta é uma afirmação que eu posso afirmar, categoricamente, ser uma inverdade.
E posso provar facilmente isso. Basta conhecer as pessoas que acreditam em
Reencarnação, as famílias espíritas, nas quais incluo a minha, e facilmente se
perceberá que a afirmação acima não tem o menor, mas o menor fundamento. Conclusão: A crença na Reencarnação cria uma tendência à moralidade, uma vez que ensina que todos os atos cometidos nesta vida poderão ter conseqüências na próxima. A questão apresentada apresenta crença pessoal, e não consegue demonstrar vínculo entre a crença na Reencarnação e a prática da imoralidade 11. Ademais, por que esforçar-se, combatendo vícios e defeitos, se a recuperação é praticamente fatal, ao final de um processo de reencarnações infindas? Conclusão: Da mesma forma como uma criança na escola não deseja repetir de ano, simplesmente pelo fato de saber que tem esta opção, o fato de sabermos que teremos novas oportunidades em novas vidas não nos leva a uma acomodação, desejando estacionar em nossa evolução espiritual. 12. Se assim fosse, então ninguém seria condenado a um inferno eterno, porque todos se salvariam ao cabo de um número infindável de reencarnações. Não haveria inferno. Se isso fosse assim, como se explicaria que Cristo Nosso Senhor afirmou que, no juízo final, Ele dirá aos maus: "Ide malditos para o fogo eterno"? (Mt. XXV, 41) A idéia de uma condenação eterna e da existência do inferno, se for estudada à luz da lógica, demonstra-se contraditória com os ensinamentos de Cristo e com a idéia de um Deus perfeito. Vejamos porque: 1. Se Deus um dia condenasse alguém à uma punição eterna, Ele estaria deixando de praticar uma de suas virtudes: o Perdão! Ora, se Deus é perfeito, Ele possui todas as suas virtudes em grau INFINITO. Infinito é o que não tem fim, portanto, se Ele condenasse alguém ao inferno, seu perdão seria FINITO, e ele não poderia mais ser considerado Perfeito em Suas virtudes! 2. Se considerarmos a Justiça de Deus como perfeita, não podemos admitir que a mesma tenha falhas. Um dos conceitos básicos da Justiça é a PROPORCIONALIDADE da pena. Se Deus condenasse alguém ao Inferno, estaria punindo uma falta cometida num período de tempo finito, que é o período de uma vida, com uma punição infinita. Ou seja, uma pessoa viveu durante 70 anos, por exemplo, e, pelos erros cometidos neste período, pagará por mil, um milhão, um bilhão de anos, mais do que isso, eternamente...totalmente desproporcional! A Justiça Divina, sendo perfeita, não pode ter esta falha 3. Analisando a passagem Bíblica em Mateus 21: "Então, Pedro, aproximando-se dele, disse: Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu lhe perdoarei? Até sete? Jesus lhe disse: Não te digo que até sete, mas até setenta vezes sete. " Vemos que Jesus nos ensina a perdoar INFINITAMENTE. Ora, se nós, imperfeitos, temos condições de perdoar infinitamente, como é que Deus não teria esta virtude? Como Jesus poderia nos ensinar uma virtude que o próprio Deus não teria? Então, a conclusão lógica é de que Deus também tem tal virtude, ou seja seu perdão é infinito! Ele também perdoa 70x7, ou seja, infinitamente; do contrário nós, humanos imperfeitos, seríamos mais perfeitos do que Ele. Então, tendo demonstrado
que a idéia de um "inferno eterno" é incompatível com a visão de um Deus
infinitamente misericordioso, as referências de Jesus ao "inferno" não podem ser
interpretada "ao pé da letra" 13. Se a reencarnação fosse verdadeira, o homem seria salvador de si mesmo, porque ele mesmo pagaria suficientemente suas faltas por meio de reencarnações sucessivas. Se fosse assim, Cristo não seria o Redentor do homem. O sacrifício do Calvário seria nulo e sem sentido. Cada um salvar-se-ia por si mesmo. O homem seria o redentor de si mesmo. Essa é uma tese fundamental da Gnose. Não há inferência lógica
em dizer que "Se a Reencarnação existe, o sacrifício do Calvário seria
nulo e sem sentido". Jesus veio trazer a mensagem do Amor e do Perdão,
para que o mundo pudesse tomar impulso em sua evolução espiritual. Então, a sua
vinda ao mundo foi essencial para todos nós, independente de acreditarmos ou não
em reencarnação. A existência da Reencarnação não anula a obra magnífica de
Jesus. Veja a passagem: "... Com relação ao "homem ser redentor de si mesmo", de fato, a Reencarnação nos descortina um outro paradigma, onde se fala em EVOLUÇÃO e não em SALVAÇÃO. Jesus disse que a cada um será dado "de acordo com suas obras". Portanto, Ele deixou muito claro que DEPENDE DE NÓS a nossa evolução espiritual.
14. Em conseqüência, a Missa e todos os
Sacramentos não teriam valor nenhum e seriam inúteis ou dispensáveis. O que é
outro absurdo herético.
15. A doutrina da reencarnação conduz necessariamente à idéia gnóstica de que o homem é o redentor de si mesmo. Mas, se assim fosse, cairíamos num dilema:
Que a ofensa do homem a Deus tenha gravidade infinita decorre da própria infinitude de Deus. Logo, dever-se-ia concluir que, se homem é redentor de si mesmo, pagando com seus próprios méritos as ofensas feitas por ele a Deus infinito, é porque seus méritos pessoais são infinitos. Ora, só Deus pode ter méritos infinitos. Logo, o homem seria divino. O que é uma conclusão gnóstica ou panteísta. De qualquer modo, absurda. Logo, a reencarnação é uma falsidade.
É essa tendência dualista e gnóstica que leva os espíritas, defensores da reencarnação, a considerarem que o mal é algo substancial e metafísico, e não apenas moral. O que, de novo, é tese da Gnose. Se, reencarnando-se infinitamente, o homem tende à perfeição, não se compreende como, ao final desse processo, ele não se torne perfeito de modo absoluto, isto é, ele se torne Deus, já que ele tem em sua própria natureza essa capacidade de aperfeiçoamento infindo. Interessante, o Sr. Orlando cria premissas artificiais, que induzem a conclusões equivocadas e segue indefinidamente tirando conclusões em cima das mesmas premissas, num emaranhado complexo e deturpado. Simplifiquemos então, para que o leitor possa comparar as duas doutrinas: 1. Doutrina da existência de uma única vida: As pessoas têm apenas uma vida, uma chance, para se "salvarem" e ir para o "paraíso" e ficar lá eternamente, louvando ao Senhor. As que não se salvarem, serão condenadas ao fogo eterno, porque Deus, que supostamente deveria ter todas as virtudes em grau infinito, neste momento deixa de perdoar, tornando-se imperfeito e finito como nós... 2. Doutrina da Reencarnação: O espírito é imortal, porém, para se manifestar na matéria, utiliza-se de um corpo material mortal. Após a destruição deste corpo o espírito continua sua jornada, e pode retornar em outros corpos para continuar seu trajeto evolutivo. Deus, assim, jamais condena uma pessoa eternamente. Sendo assim, seu perdão é realmente infinito e Ele pode ser considerado perfeito! Conclusão: "Desembaraçando" o texto de palavras complexas e comparando as duas doutrinas, fica muito claro que a Doutrina da Reencarnação é, do ponto de vista de lógica e coerência, muito mais perfeita.
17. A doutrina da reencarnação, admitindo várias mortes sucessivas para o homem, contraria diretamente o que Deus ensinou na Sagrada Escritura. Por exemplo, São Paulo escreveu: "O homem só morre uma vez" (Heb. IX, 27). Também no Livro de Jó está escrito: "Assim o homem, quando dormir, não ressuscitará, até que o céu seja consumido, não despertará, nem se levantará de seu sono" (Jó, XIV,12). Finalmente, a doutrina da reencarnação vai frontalmente contra o ensinamento de Cristo no Evangelho. Com efeito, ao ensinar a parábola do rico e do pobre Lázaro, Cristo Nosso Senhor disse que, quando ambos morreram, foram imediatamente julgados por Deus, sendo o mau rico mandado para o castigo eterno, e Lázaro mandado para o seio de Abraão, isto é, para o céu. (Cfr. Lucas XVI, 19-31)
Também está escrito na Bíblia: "não vos prendais à letra que é assassina, mas ao espírito da letra" (2 Cors. 3:6). Isso significa que devemos interpretar a Bíblia à luz da razão, e descartar tudo o que for contraditório. A Bíblia contém enormes CONTRADIÇÕES, como já foi apresentado neste site. É porisso que utilizamos a Lógica, pois é a única ferramenta que pode nos indicar a direção da verdade. E a lógica demonstra que a
Reencarnação é a Doutrina que oferece as explicações mais coerentes e sem
contradições. Se não acreditarmos na Reencarnação, teremos que acreditar na
existência de um Deus imperfeito, vingativo, intolerante, que odeia, que
persegue, destrói e condena uma pessoa, pelos erros cometidos no período de uma
vida, a uma pena eterna...Um Deus que faz com que as pessoas nasçam cegas ou
paralíticas sem que as mesmas tenham tido nenhum merecimento, pagando pelo erro
de outras pessoas..enfim, um Deus bárbaro e imperfeito! A Reencarnação não
contém nenhuma dessas incoerências. Compreende-se o temor da
Igreja com relação à Reencarnação. No fundo, tudo tem a ver com o medo de perder
fiéis, medo de perder o "Poder", que sempre deteve nestes ultimos milênios.
Porém, a divulgação desta verdade é irreversível. O próprio Jesus já havia dito,
ao mencionar que enviaria um Consolador. Paz e Luz a todos!
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